quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

o pAi nAtal qUe eU cOnheço

Sento-me a teu colo
Gasto pelas correrias dos miúdos
Cansado pela espera do tempo
Lento, triste e bolorento
Frio como o árctico mais gelado

Abandonado e desolado o teu olhar
Perdido entre a minha face e a outra lá atrás
Resignado na posição e no alento
Resignado à impossibilidade

Peço-te sonhos e quimeras de amor
As minhas palavras são estalidos ao teu ouvido
Pedaços de alegria que te afastam mais de mim
Que te fazem fugir uma vez mais

Peço-te os meus sonhos em estado sólido
Tu pedes-me perdão baixinho
Em forma de um sorriso triste
de uma lágrima gelada que cala

Cala a fúria contra os maus corações
Os que destroem o seu pulsar apaixonado
Os que o fazem entristecer a cada ano que passa
E sem graça afastam a alegria da terra.

Sussurra-me ao ouvido…
Enche-me o coração de esperança…

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